A deputada socialista Inês Sá defendeu hoje, na Horta, a criação de um Pacto Social pela Educação, medida que considera fundamental para combater desigualdades no sistema educativo regional e garantir que a escola pública volta a ser uma prioridade estratégica da governação.
Na intervenção sobre as propostas de Plano e Orçamento para 2026, a deputada afirmou que “investir na educação não é uma despesa, é construir o futuro da Região”, sublinhando que os cortes superiores a 12 milhões de euros neste setor, previstos na proposta do Governo, “não apenas falham em resolver problemas estruturais, como agravam disparidades entre escolas e alunos”.
Segundo Inês Sá, a situação atual exige uma resposta concertada e plurianual, que envolva Governo, escolas, parceiros sociais e forças políticas.
“A Região enfrenta falta de professores, parque escolar degradado, redução de investimento social e ausência de incentivos para fixação de profissionais. Estes problemas não se resolvem com medidas avulsas. Precisam de um compromisso político duradouro.”
A deputada destacou preocupações em três áreas prioritárias, designadamente a recuperação e modernização do parque escolar, garantindo planos de intervenção calendarizados, e não obras que “ficam anos no papel”; uma Estratégia para fixação de docentes e assistentes operacionais, com incentivos específicos à contratação e permanência e o combate à desigualdade educativa, garantindo que a origem socioeconómica ou a ilha onde se nasce “não determina o tipo de ensino que se recebe”.
Para Inês Sá, a ausência de investimento estrutural transforma a educação num “sistema a duas velocidades”, beneficiando escolas com mais recursos e deixando para trás estudantes em contextos mais vulneráveis.
A deputada reafirmou que os baixos níveis de escolaridade e aproveitamento exigem responsabilidade política e visão estratégica. “Investir na educação não é uma despesa: é o alicerce de uma Região mais justa, mais coesa e com futuro”, concluiu.